O presente ensaio apresenta Decameron, de Giovanni Boccaccio, como um texto clássico da literatura que contém antecipações e inovações fundamentais das categorias políticas da modernidade: o contratualismo, o poder constituinte, a deliberação constitucional, a retórica e a relação com a Fortuna. A proposta desenvolve-se em três partes: inicialmente, retoma-se a dimensão jurídica e europeia de Decameron; em seguida, discutem-se questões jurídicas e personagens institucionais narrados nas novelas; por fim, analisa-se a introdução da obra, em que se observam tanto o tema político-constitucional do novo início da comunidade, como o arquétipo coletivo da peste, considerado uma metáfora do estado de exceção.
“Alguma força com aparência de razão”: direito, juristas e poder constituinte em "Decameron"
vespaziani
2018-01-01
Abstract
O presente ensaio apresenta Decameron, de Giovanni Boccaccio, como um texto clássico da literatura que contém antecipações e inovações fundamentais das categorias políticas da modernidade: o contratualismo, o poder constituinte, a deliberação constitucional, a retórica e a relação com a Fortuna. A proposta desenvolve-se em três partes: inicialmente, retoma-se a dimensão jurídica e europeia de Decameron; em seguida, discutem-se questões jurídicas e personagens institucionais narrados nas novelas; por fim, analisa-se a introdução da obra, em que se observam tanto o tema político-constitucional do novo início da comunidade, como o arquétipo coletivo da peste, considerado uma metáfora do estado de exceção.I documenti in IRIS sono protetti da copyright e tutti i diritti sono riservati, salvo diversa indicazione.
